quarta-feira, 5 de maio de 2010

Conflito


Não deixar transparecer o mormaço
Tal sereno quanto este laço

Seu coração é binário?
A vera, é que és nada dobradiço
Para que caçoar deste brilho?
Impedido hás de ser ir pros trilhos

Para que fechar os olhos, se terás medo de depois abrir?
Guardado no peito está o medo deste outro sorrir

Acaba de ser desdito, não sinto o desenlutar
Sinto tão barroco minha vontade de se atracar
Porque me atiro nesse caos arenoso
À espera do frio, da noite, e do riso
Pra vir o amanha e não mais vir talvez um sorriso.

De que mentiras conto tanto?
De que atormenta tanto pranto!
Sempre estive aqui alento
Esperando um momento
Pra sentir parar o vento
E não mais cerrar os pulsos
Por sentimentos avulsos
Que conflitam o acreditar..