terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sutileza acoplada


Esperando a enxurrada torrencial acalantar
A explosão de um fim ou começo túrbido
Gerado pela capilaridade da água
Vencida pela gravidade de assuntos

E não mais que uma antítese concomitante
Erguendo cadafalsos para o julgamento
De milhares de sonhos humanos
Abandonados na última concórdia esperançosa

Nada que console a aspiração
E nada que console uma aspiração
Do endêmico pessimismo antagônico

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Aperfeiçoar


Moribundos paralelos erguidos;
A pequena gota sóbria da luz da enflorada primavera
Canta o suplício dos decompositores

O garoto sopra os lábios e espera
Com a esperança que saia algum som
Da ocarina de um coração concretado

E o maniqueísmo, cada vez mais roto
Moraliza a robotização intrínseca da comiseração,
A qual, inequívoca em todos os outros desprazeres
Faz a mim, o garoto, sentir-se só mais um corpo.

Aperfeiçoar? Pergunto: Porque?
Fico a assistir os restantes dilúculos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Não tenho tempo para

perder profetizando minhas ideologias.
Por mais que você olhe pra cima, o céu sempre terá as mesmas cores de sempre.