Por enquanto

Um tempo verbal que não se define no espaço
Um laço amarrotado em três estrelas
Pediu pra avisar que era a hora do jantar
Meios fins são desculpas encapsuladas
Só por enquanto a passagem de tempo
Não acha o caminho para a casa

Eu sou Lucifer

Teus sonhos precipitam
Em cartas queimadas
Deixando borrões
Nos campos floridos.

E que seja só meu,
Tudo que há em meu corpo,
E que minhas cicatrizes,
Se tornem minha máscara.

Eu já fui um anjo
Que sabia voar,
E contar os cordeiros no céu,
Me faziam lembrar...

Próxima porta

Com licença
Estou com pressa
Pra deixar o ar entrar
Abrir a janela
Sem ter como errar
Não é pra mim
Derrubar o sol
Levar a floresta
Para dar uma volta por aí
Não diz nada à mim
Ser ou deixar de ser
Só importa se a maçaneta
Vai ou não se mover

 
Deixe as malas aqui mesmo,
Que do ódio a semente vai brotar,
Construir um novo mundo
Onde você não tenha que chorar.

Deixe as malas aqui mesmo,
Que você já sabia,
Que era isso que ganharia por amar.

Deixe as malas aqui mesmo,
Que entre ficar e fugir,
É melhor se tornar gelo
Do que não ter para onde ir, nem voltar.

Eu derivava, você integrava, então eu integrava, você derivava, e hoje somos isso. Um conjunto vazio.

Definitivamente, nunca ouve nada. Nem o branco, nem o vazio, sequer seus pensamentos. Aquele mundo não era de ninguém.

A saudade e as lembranças funcionam como estrelas, bem guardadas serão aquelas que estão a grandes distâncias, pois mesmo depois de mortas, seu brilho se propagará por anos, e consequentemente, mesmo que não seja pra sempre, continuará existindo.

...Na cidade não havia ninguém que cobrisse seu plano de saúde.

Continuar amando foi a única forma que encontrou de viver no passado.