domingo, 3 de julho de 2011

Escarnecer (parte II)

 
E continua girando sobre si os artifícios
Como o pião que dá voltas sem sina.
Qualquer que seja as atitudes de menina;
Insosso, boneco de sorrisos postiços.

Em síntese, o ponto final
Cansado de escandalizar toda essa sacarose anal;
Desnecessária, dramática, política.

Doce, a sensação de morder o fruto da dor,
Visto que de frutose, e lei de Murphy, não;
Qualquer possibilidade de piorar não faria diferença alguma.

Asas postiças e fios que as seguram.
Dilacerado no chão agradeço;
Quanto mais alto, menos oxigênio.

Agora os fios da confiança estão cortados.
Autonomia e independência não são sinônimos de liberdade.
Drummond mesmo o disse:
O pássaro é livre na prisão do ar.
O espírito é livre na prisão do corpo.
Mas livre, bem livre,

É mesmo estar morto. 

E infelizmente,
A confiança só funciona dessa maneira:
Manipulação.
O mundo está podre.

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