domingo, 14 de dezembro de 2014

Escarnecer (parte VII)

Dilúvio,
Tu me afundas
Pintando-me de preto
Como uma onça
Num território de onças
Olhando a mesma caça.

Horrível
Não tanto quanto
Um arpão no peito
E um embrulho no estômago
Juntos.

É pior que qualquer coisa
Qualquer mentira
É pior que qualquer doença
Sem cura.

Resolvi não dar nome.
Nome sequer suportaria
Tamanho descontrole emocional.

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