Erguer-me-ia ao sol se sua beleza não cegasse
E aumentasse o grau da miopia ocular.
Seguir-me-ia se sombra e reflexo formassem-se
Em frente e eu tivesse o que seguir no olhar.
Tornar-me-ia espelho e sem receio,
Porque Narciso busca-se e se afoga;
Sorrindo morre, eclética ilusão.
Trancar-me-ia como cadeado,
Sem chave ou empecilho que me abra,
Vivendo d'outro lado condenado,
Seria livre, jamais libertado.
Tratar-me-ia diferente,
Sabendo que sou o reagente
Instável que não entra na reação.
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