quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vida

          Querida Vida, redijo esta carta sem muito afinco, mas não de forma negligente, pois você deve conhecer-me melhor do que qualquer um, e sabe que se a fosse assim desinteressada, não estaria a escrevendo.
Não que eu esteja reclamando de alguma coisa, nem que queira reivindicar algo, só queria deixar algumas coisas para que você entendesse o motivo desse desacato desintencional que tive esses últimos dias, e explicitar alguns argumentos que estou impondo.
  • 1º) Não me chame de absolutista, e nem faça revoluções. É Você quem esteve reinando sobre mim até hoje, e agora se o jogo inverte-se, saiba que a culpa não é minha ou sua, mas daquilo que Você prefere chamar de acaso enquanto eu chamo de destino.
  • 2º) Não atrapalhe minhas lágrimas com mais problemas, Você sabe bem quantas vezes eu já pensei em suicídio, quem deixará de estar do meu lado é Você e não eu, pois eu nunca estive. E Você que me conhece tão bem nesses 17 anos, sabe que eu não me importaria muito.
  • 3º) Se Você quer me dar algum tipo de carinho, então dê, mas nunca o mínimo, pois sou eu que sempre esperei mais de você e cansei de depositar confiança em algúem que me quebrou diversas vezes. Resumindo, se for, dê, se não, nem tente e leia novamente o segundo argumento.
  • 4º) Se desrespeitar quaisquer argumentos, não sou eu quem vai passar a viver o inferno, será você que trocará de lugar comigo.
Espero que tenha entendido, ou melhor, é bom ter entendido, pois não explicarei nenhuma dúvida. Ponto final.
Assinado: Seu cúmplice

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