terça-feira, 29 de setembro de 2009

Butterfly


Deteriorando-se a areia da ampulheta da decedura
Quase exanimado e exangue faço esse prosaico
Tuteio em um coração com veias exiladas
Seguindo a esmo com os olhos entrevados

Monteado de nós prendidos em grisalhas
Obrigam-me a esguardar a única cor monótona
E entrever o riso de um semblante

É hora de recolher essa angústia, tão sutil de anti-fuso-horários
E recorrer a essa supérflua sem valia realidade
Que discorre sobre sonhos monantos
Dos quais encantos pediam subsídios, gritavam por subsídio
Soçobrando-me na própria queda crisálida
Para que eu possa viver, meus últimos doze dias...

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